sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Mercadoria ganha vida própria.


Postagem de Leonardo Dlugokensky no site infoescola comenta o fetichismo da mercadoria e destaca que a mercadoria perde relação com o trabalho e ganha vida própria. Segue ilustração e trecho do artigo.

"Marx em sua obra máxima intitulada “O Capital”, nota que a mercadoria (manufatura) quando finalizada, não mantinha o seu valor real de venda, que segundo ele era determinado pela quantidade de trabalho materializado no artigo, mas sim, que esta, por sua vez adquiria uma valoração de venda irreal e infundada, como se não fosse fruto do trabalho humano e nem pudesse ser mensurado, o que ele queria denunciar com isto é que a mercadoria parecia perder sua relação com o trabalho e ganhava vida própria."
http://www.infoescola.com/filosofia/o-fetichismo--mercadoria-na-obra-de-karl-marx/

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Dinheiro. A forma suprema do fetichismo.


O blog “Anarko-Ideais”, de Matheus Darrieux Anarko, transcreve um texto e ilustração provocativos sobre o dinheiro. Segue um trecho que o classifica como “totemismo objetivado e secularizado da modernidade”.


"O dinheiro, como uma das muitas formas do fetichismo, existe em todas essas sociedades, mas ainda não possui a função geral de representar a socialização inconsciente, que adota outras formas. Somente na modernidade assume o dinheiro definitivamente essa função. Por isso, pode ser designado como totemismo objetivado e secularizado da modernidade."

Íntegra em:
http://anarko-ideais.blogspot.com.br/2012/07/fetichismo-da-mercadoria.html

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

O fetichismo da mercadoria fé.


Um texto relevante de Alexandre Gomes – reproduzido no blog “O Espiritualismo Ocidental” – revela como o conceito de fetichismo da mercadoria, criado por Marx, é “um dos mais úteis para se compreender a realidade do mundo pós-moderno, apropriadamente chamado de sociedade de consumo.” Segue a ilustração e um pequeno e estimulante trecho:



 “O conceito de fetichização dos bens culturais, tal como é desenvolvido em Adorno, talvez forneça uma pista importante para se compreender também outros aspectos da sociedade pós-moderna: Até que ponto não é possível falar, por exemplo, de uma fetichização da fé, transformando a salvação em mera mercadoria e a apreciação das palavras reveladas como um setor específico da indústria de espetáculos?
Consumiria-se pregações assim como se consome a música da moda na FM, não pelo valor intrínseco da mensagem, pelo prazer e reflexão que ela proporcionaria, mas da mesma forma como se consome um iogurte ou se veste uma roupa de grife.”
Íntegra do texto em
http://oespiritualismoocidental.blogspot.com.br/2011/03/salvacao-como-mercadoria-e-espetaculo.html


segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Fetichismo da mercadoria. Imagens e frases.



Algumas imagens  e frases postadas por Maria Teresa em “Cultura y Sociedad 398”

 En la sociedad de mercado la gente se vincula a través de la mercancía, con lo cual éstas adquieren características mágicas, esto es lo que Marx llama Fetichismo de la mercancía
 En el capitalismo las cosas adquieren propiedades humanas (se dice por ejemplo: “los mercados se tranquilizan”, “sube el dólar”) mientras que las personas se vuelven objetos, se cosifican.




Integra em:
http://eem398.wordpress.com/2008/09/22/fetichismo-de-la-mercancia-plusvalia-marx/


terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Consumismo e Fetichismo.


Selecionei um trecho de artigo de Eustáquio de Carvalho Sant’Ana que analisa o fenômeno do consumismo à partir dos pressupostos do fetichismo da mercadoria, elaborados por Marx, no volume 1 do Capital. A tese está alinhada com a proposta deste blog, que causou arrepios em marqueteiros amigos – a de que Marx antecipou o marketing, em pleno século 19. Segue também a criativa ilustração do artigo.


“Logo, o que Marx quer dizer com fetichismo da mercadoria, é o fato do produto exercer um controle – sobrenatural até - sobre o comprador. Muito além daquele do valor de uso, ou seja, a finalidade a que se destina o produto. O sujeito pode comprar uma calça jeans Fórum não pela simples necessidade de vestir o corpo, mas muito mais, enquanto uma possibilidade de satisfazer seus desejos refletidos através do significado da calça Fórum. Muito mais que cobrir o corpo nu, o comprador vê a calça enquanto um meio para satisfação dos seus desejos de atração, de identidade, de sensualidade, de ascensão social, etc. Esse é apenas um exemplo de uma lista que pode ser extensamente indefinida. Mas a calça jeans Fórum de nada significa para o sujeito se não houvesse por trás, toda propaganda do fabricante que transmite seus horizontes aos destinatários.”

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Fetiche, Steve Jobs e Marx.



Vale conferir essa postagem original de Ticiano Sampaio, Íntegra em

Nessa época em que a propaganda está decisivamente adotando as mídias sociais, os produtos da Apple estão à frente de todos os outros. Não por força de um trabalho de social media, mas por força de um trabalho prévio, realizado pelo próprio Jobs, que sabe como ninguém mexer com a fetichização da mercadoria, numa acepção tão forte que talvez não fosse imaginada nem por Marx quando inicialmente trabalhou o conceito.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Oscar Niemeyer e o comunismo como valor.


Neste 5 de dezembro, em que o Brasil recebe a notícia da morte do genial Oscar Niemeyer, fica o registro de um texto de Leonardo Boff, com o titulo acima.

“Apesar dos abatimentos nacionais e internacionais deste agônico 2007, tivemos, no dia 15 de dezembro, uma discreta alegria: os cem anos de nosso maior arquiteto Oscar Niemeyer. Sua voz suave e cansada nos conclama para a solidariedade e para uma grande simplicidade de vida. 

Sua visão de mundo se funda no comunismo, ao qual foi fiel durante toda a vida, em tempos em contratempos,.
Mas trata-se de um comunismo como valor  ético que visa a resgatar da sociabilidade humana, a capacidade de sentir o outro e de caminhar com ele como companheiro e não como competidor. "É preciso olhar o outro, ser solidário; as pessoas que só pensam em suas profissões não vêem a pobreza; só querem ser vencedores".
Para ele o importante "não é ser arquiteto, ser especialista, ser mundialmente reconhecido. O importante é a vida e a amizade. A palavra mais importante da minha vida é solidariedade".
    
Essa solidariedade especialmente para com os pobres, o torna simples como simples são as suas formas arquitetônicas. Vive a verdadeira humildade de quem comunga do mesmo húmus (donde vem humildade):"todo mundo é igual; a pessoa vem à Terra, conta a sua historinha e vai embora". 
    

Nunca esquecerei uma longa conversa com ele durante um almoço em Petrópolis no final dos anos 70. Naquele dia acabava de retornar de Cuba. Eram ainda os tempos de relativa abundância, antes da queda da  União Soviética. Contava-lhe como era universal o sistema de saúde, como o ensino era aberto a todos, independentemente de sua extração social ou racial, como não se viam favelas na ilha  e como a população incorporara uma vida de austeridade compartilhada.
E referi-lhe as longas conversas com Fidel, noite a dentro, sobre religião e a teologia da libertação que tentava e ainda tenta fazer  do Cristianismo uma força de transformação histórica contra a pobreza e a marginalização social. Dizia-lhe citando Frei Betto: "Cuba parece uma Bahia que deu certo". Vi que Oscar ouvia tudo atentamente e seus olhos brilhavam de satisfação.


Qual não foi a minha surpresa quando dias após li na Folha de São Paulo um artigo dele sobre a nossa conversa com um desenho de sua autoria: duas montanhas uma das quais encimada por uma cruz. E lá dizia: "descendo a serra de Petrópolis, eu que não creio, rezava ao Deus de Frei Boff, para que aqueles benefícios que Cuba realizou para o seu povo, chegassem também, um dia,  ao povo brasileiro".